Ansiedade e Crises de Pânico: Um Olhar Psicanalítico

Ansiedade e Crises de Pânico: Um Olhar Psicanalítico

Confira nesse post como enfrentar a ansiedade e crises de pânico

A ansiedade e as crises de pânico são expressões de um sofrimento psíquico que, muitas vezes, têm raízes profundas no inconsciente. Na visão da psicanálise, esses sintomas não surgem por acaso: eles carregam um sentido, uma mensagem subjetiva que precisa ser escutada, compreendida e elaborada.

O sintoma como expressão do inconsciente

Freud compreendia os sintomas, como a ansiedade e o pânico, como formações do inconsciente — manifestações de conflitos internos não resolvidos. Esses conflitos, muitas vezes recalcados, encontram no corpo e na mente um meio de se expressar, especialmente quando não encontram simbolização na fala.

A ansiedade pode surgir como resposta a desejos inconscientes reprimidos, a medos antigos que permanecem atuando, mesmo sem a pessoa se dar conta. Já o pânico, muitas vezes, aponta para um rompimento repentino dessa repressão, como se algo não nomeado viesse à tona de maneira intensa e desorganizadora.

O papel da escuta analítica

Na clínica psicanalítica, não tratamos o sintoma apenas como algo a ser eliminado, mas como uma via de acesso à verdade subjetiva do sujeito. O espaço de escuta permite que o paciente coloque em palavras o que antes era vivido como angústia corporal ou emocional, possibilitando a elaboração psíquica dos conteúdos inconscientes.

Por meio do processo analítico, o sujeito pode compreender a origem e o sentido de sua ansiedade, acessar conteúdos recalcados e, gradualmente, ressignificar sua história. Essa jornada é única e individual, pois cada sujeito sofre de um modo singular.

Cuidados que podem auxiliar no processo

Embora a psicanálise não se baseie em técnicas específicas de controle dos sintomas, algumas práticas cotidianas podem auxiliar o sujeito a lidar melhor com a angústia enquanto o processo de análise se desenvolve:

  • Atenção ao corpo e à respiração, como formas de ancorar-se no presente.

  • Rotina de cuidados consigo mesmo, que contribua para o fortalecimento do eu.

  • Atividades físicas regulares, que podem servir como formas de descarga da tensão psíquica acumulada.

Conclusão

Enfrentar a ansiedade e as crises de pânico é, acima de tudo, um convite à escuta de si mesmo. Na psicanálise, não buscamos apenas o alívio dos sintomas, mas a construção de um saber sobre si, que permita ao sujeito viver de forma mais livre e menos determinada por seus conflitos inconscientes.

Se você sente que algo o angustia e deseja compreender o que se repete em sua história, saiba que há um espaço para acolher sua dor, escutar sua singularidade e caminhar em direção a uma vida com mais sentido e autenticidade.

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